quinta-feira, dezembro 15, 2011

vai-se colecionando estragos. a cada ruptura, perco um pedaço. ganho novos limites: onde não posso mais chegar.
o que ontem poderia ser dito hoje deve ser sufocado. é errado sentir saudade. é preciso fingir que nada aconteceu, que não modificamos o outro e e que o outro não nos tocou profundamente.
e não há poesia alguma na realidade da perda, na obrigatoriedade de não sermos mais os mesmos, porque enfim, não somos mais os mesmos.
colecionar sucessivas possibilidades é o câncer da pós-modernidade.


(é, eu sofro e não me adequo ao que poderia ter sido e não foi)

quinta-feira, dezembro 08, 2011

é difícil aceitar que eu seja só normal. que dificilmente farei algo que reverberará em gerações próximas, ou até mesmo nessa. que são poucas as pessoas consideradas geniais - elas são minoria, na verdade - e que não pertenço à essa parcela. é difícil aceitar o fardo da mediocridade, digo, da normalidade.

domingo, dezembro 04, 2011