quinta-feira, janeiro 27, 2011


e então o fato é que com essas enormes unhas vermelhas, que batem nas teclas do teclado e me dão uma sensação de finalmente consegui alguma coisa mesmo que essa coisa seja só parar de roer as unhas, o fato é que nesse exato instante eu quero desaguar.
eu quero ser sólida. tudo que eu quero nessa vida é ser real.
é fato. eu não me sinto mais a mesma que começou esse blog. tenho menos poesia e mais ácido.
tenho mais eu.
mas tudo, tudo continua completamente igual.

segunda-feira, janeiro 03, 2011


lembra? quando tudo fazia um certo sentido?
há sempre uma saudade.

só me faço aos pares.

vivia sob essa espécie de apatia, que trazem as pessoas humildes. trazia com ela aquele ar resignado de pessoas simples, que não reclamam, não gemem, não contestam.
arrastava seu corpo na continuidade dos dias, sem esperar por nada. não por não sonhar, mas por não saber o significado arraigado ao ato.
e haviam as noites. repetidas. sós. haviam as noites, em que sim, sonhava. sonhava que não era só.
era quase real. ela não era mais sobra.
acordava.