domingo, novembro 08, 2009

cansada dessa casca inerte, que ocupa tanto de mim e do espaço.
sermeleve, é o único desejo.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Me cansa tanto ver no espelho esse mesmo rosto, de onde conheço o lugar de cada marca. Dessas coisas imutáveis. Me sufoca tanto o cotidiano, que permanece repetido, como compacto de música só.
Me mata aos poucos essa pele. Esses erros conhecidos.Essa voz que oscila. A calma, que não vem. O tempo que passa sempre igual. Quase me vejo cantando como o Super Outro “felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes”.
Quase sempre tudo é fuga. E quase sempre se sabe que fugir é problema, já que o motivo da fuga é quem foge. Então é apenas uma transferência de lugar, um paleativo. Deixa de sufocar um pouco aqui pra sufocar acolá.

segunda-feira, novembro 02, 2009


aquele sorriso tão branco, meio coisa de propaganda de pasta de dente, aquela coisa meio irreal que me sorri quando eu sorrio e penso muita coisa que não digo como meu deus, obrigada, porque eu vivi até aqui só pra conhecer esse garoto que se encanta com as cores que meus olhos vêem e ainda vêem mais ainda agora que a mente anda povoada de sonhos bobos que se espalham pelo corpo e pelo entorno, me fazendo pensar que a cura pra todo mal está nos braços dele que me tocaram naquele dia em que eu queria ser um contrabaixo pra depois não querer ser nada além do que qualquer coisa que fosse chamada por ele de minha e aí não ser mais sozinha e passar a fazer sentido quando vejo o sorriso tão branco, meio coisa de propaganda de pasta de dente, aquela coisa meio irreal que me sorri quando eu só rio.


papéis revirados de maio/2009
dias vazios. de ficar na cama, sem olhar a paisagem de fora, sem olhar a paisagem de dentro.
de esconder os olhos debaixo das cobertas.
de usar a imaginação em favor do querer.
de esperar o impossível.
de querer escrever. e não sair nada.
e de então querer o silêncio.


papéis revirados de maio/2009