sou teu câncer, ferida que cisma em não fechar. Lugar-comum, chavão.
o corpo em que teu olhar se perde, o corpo que se perde nas covas rasas da tua fala, no abismo da tua boca. Tenho o calor que sobra da tua pele e a frieza que falta na tua pouca melancolia. Teu inferno, tua sina, tua inspiração pro nada, tua lei. Teu tormento, teu pecado. Tua culpa. Teu sexo. Tua fome, tua sede, teu sedativo.
(papéis revoltados de dezembro/06)
Nenhum comentário:
Postar um comentário